terça-feira, 19 de abril de 2011

O Rei Colin Firth

Finalmente assisti ao Discurso do Rei.Bem,não é o melhor filme do ano.Grande coisa.Faz milênios que eu discordo do vencedor do Oscar de melhor filme.Também não sou aquele cara chato que despreza o Oscar e só elogia o cinema europeu(não-inglês),iraniano,etc.Enfim,não é sequer o melhor filme entre os indicados ao Oscar de Melhor filme que assisti.Mas não é ruim.
O enredo é aquela coisa almofadinha da Coroa Inglesa.O rei está prestes a morrer,o filho mais velho fica só na gandaia,há um risco do filho mais novo herdar o trono.Mas o problema é que ele é gago,então surge aí a tensão que move o filme,a luta pela superação da gagueira.Se o espectador analisar bem,o roteiro é de uma quadradice sem tamanho.O negócio é cartesiano mesmo.Porém nem toda quadradice é chata ou ruim e nem toda vanguarda é boa;e o Discurso do rei é um filme bom.
É bom,porque o personagens principais são carismáticos.Tanto o heterodoxo terapeuta (Geoffrey Rush) como o Rei(Colin Firth).Na verdade,os dois atores são monstros e são eles o responsáveis pelo filme decolar.Criam profundidade num roteiro bom,porém raso.O Oscar de melhor ator para Firth foi merecidíssimo .Mas melhor filme, roteiro,e principalmente direção,não.
Primeiro porque Hooper ainda não tem consistência para ganhar um prêmio que gente muito maior do que ele não levou.Segundo ele não assumiu nenhum risco,deixando seus atores de primeira grandeza brilharem.Ele tenta em uma cena ou outra mostrar personalidade,como por exemplo com uma ou outra posição não-usual de câmera,mas o resultado disso é apenas estranho.Dos americanos,direção no sentido mais clássico,David Fincher;no sentido mais polêmico,Darren Aronofsky.Em resumo,um bom filme com um bom roteiro,bom diretor,atores geniais;mas que não merecia o Oscar de Melhor Filme,de roteiro,muito menos de Direção.