tag:blogger.com,1999:blog-86100849897539175652024-02-08T09:55:50.896-08:00Opiniões toscas pretensiosas de filmesFalveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-86389502737338092942012-12-27T13:35:00.000-08:002012-12-27T13:35:00.319-08:00Lobo,Elefante,Offspring
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Dia deprê<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A Hora do Lobo de Bergman e Elefantes de Gus Van Sant também
não ajudam muito. Obras-Primas, mas realmente pesados. Cada um a seu jeito.
Principalmente o último. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Quero dizer, a Hora do Lobo continua sendo um dos meus
filmes preferidos de todos os tempos, mas seilá ,ao rever, me impressionou <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de novo com momentos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>poderosos, filme de fato instigante e
misterioso e talvez justamente por isso eterno<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas, esse Elefante , é tão pé no chão. A juventude. Me sinto
muito velho já, mas bem dependendo do ponto de vista posso ser considerado um
adulto jovem, e de certa forma, esse assunto de juventude ainda me fascina. Tem
a violência, claro - e é impressionante como esse tipo de coisa continua
ocorrendo, vide os massacres ocorridos em escolas estadunidenses nesse ano.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">De volta a juventude. Tem<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>a garota nerd que trabalha na biblioteca, tem o menino rockeiro que
parece ser amigo de todo mundo, tem o povo popular com sua filosofia de dividir
o mundo em vencedores e perdedores. E tem também os moços assassinos, figuras
ao mesmo tempo misteriosas e melancólicas. Curioso imaginar o que aconteceria com
todos esses personagens, se sobrevivessem. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Na juventude, podemos brincar de ser rockeiros , de
fotógrafos, de pianistas, de esportistas(de, ui, blogueiros).Mas passado esta
áurea e controversa fase, acho que todos ou a maioria acaba no inferno de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>The Oficce. Isso na melhor das hipóteses, é
claro. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">É,<i style="mso-bidi-font-style: normal;">when we were young
the future are so bright…<o:p></o:p></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-15361759425496231192012-02-25T06:54:00.000-08:002012-02-25T13:31:39.987-08:00O Esteta e a Linha Vermelha<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Após uma ausência de 20 anos,o cultuado e misterioso Terrence Malick retornou com este Além da Linha Vermelha(The Red Thin Line).O norte-americano,formado em filosofia em Harvard,já havia adquirido prestígio por Badlands e Days of Heaven.Muita expectativa se tinha na época,e o filme foi recebido bem,tanto de crítica quanto de público,mas com alguma resposta negativa.Esta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>certamente foi a parcela que detestou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A Árvore da Vida,pois nessa fita Malick,radicalizou bastante seu estilo e algumas coisas que são vistas já em Além da Vida Vermelha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A longa duração,montagem não muito convencional(ficaria depois incrivelmente não-convencional em A Árvore da Vida),voiceovers trazendo o pensamento de personagens,câmera captando a natureza.Tudo isso em meio<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a Segunda Guerra mundial.Irritou alguns,que tacharam <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o filme de lento.Da minha parte achei genial,uma desconstrução mais frontal ao pensamento que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o cinema norte-americano geralmente tem da Segunda Guerra(Clint Eastwood viria mais tarde fazer o mesmo com belíssimo Cartas de Iwo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Jima ).Neste ponto de vista,é interessante comparar com O Resgate do soldado Ryan de Steven Spielberg,lançado no mesmo ano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Evidentemente,que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muitos no cinema estadunidense(arriscaria a maioria) não <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trata mais essa temática de forma ingênua.Não é :japoneses povo do mal e norte-americanos heróis salvadores.São feitas concessões.Mas essas concessões tem força apenas para esconder um maniqueísmo.É tão somente uma camuflagem.Esse é para mim o grande problema em O Resgate do soldado Ryan(só que na Europa),e o que o faz muito inferior ao Além da Linha Vermelha.Spielberg<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao adotar um tom mais sóbrio,fez algo genial como Munique.Extremamente emocionante de se pensar,que ele sendo judeu,ao tratar de um tema extremamente caro a seu povo,conseguiu um tom tão lúcido e sóbrio em Munique.Mas não conseguiu ,nem de perto,isso<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em Ryan. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Malick,não,faz um filme anti-belicista,sem ser um clichê anti-belicista.Não importa a ele toda a problemática (extremamente complexa) que culminou na Segunda Guerra.O que importa são os homens comuns,que não são heróis,jogados ali num inferno que não compreendem.A natureza,ora cruel,ora bela,lhes é indiferente.Seria a natureza a visão que o Malick(de origem cristã-libanesa) tem de Deus?Seria Ele indiferente,à violência,ao mal??Interessante quando a câmera captura um filhote de pássaro aparentemente ferido tentando sobreviver em meio aquele caos.Interessante que o lamento dos japoneses aprisionados seja ininteligível a quem não fala a língua,mas seus olhares são universais.Igualmente interessante o povo aborígene,que é ignorado de seus direitos em <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua própria terra,mas também ignora toda aquela loucura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Muito me impressionou três personagens que foram interpretados muito bem:Witt(Jim Caviezel),Welsh(Sean Pean) e col Gordon Tall(Nick Nolte).Witt<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>eu diria é o cara que pode ser chamado de herói,não de um jeito clássico,mas porque ele ,nas palavras de Welsh,tem o dom de enxergar a luz nas coisas.Welsh,é o oposto,mas isso não faz dele um má pessoa,pelo contrário.Ele apenas tem o olhar desencantado,seco,embora<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ele ainda guarde um fiapo de esperança.E o col Gordon Tall.Algumas pessoas o acusam de insensível,cruel,que quer usar seus soldados para a glória tardia.Isso é em parte verdade,mas e seu pensamento que diz-</span><span style="color: #333333; font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> Shut up in a tomb. Can't lift the lid. Playing a role I never conceive,</span><span style="font-family: Calibri;"> e aquele olhar em sua última cena?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Bom,fecho meu texto com um voice-over do soldado japonês,que embora fora seja mais pessimista do que a visão geral do filme(ou pelo menos a visão geral que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">eu</i> acho que Malick tinha ao fazer esse filme) me emocionou muito:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span lang="EN-US" style="color: #333333; font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;">Are you righteous? Kind? Does your confidence lie in this? Are you loved by all? Know that I was, too. Do you imagine your suffering will be any less because you loved goodness and truth?</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-12881052963808437052012-01-29T19:52:00.000-08:002012-01-29T19:52:42.244-08:00O Sétimo SeloSobre uma obra-prima desse calibre do Mestre Bergman não tem muito o que dizer.Tudo ou quase tudo já foi dito,então o que posso falar??<br />
<br />
Bem,tem alguns dos diálogos mais pesados,densos do Cinema.É fita pra se guardar por toda a vida e rever muitas vezes,antes que <em>A indesejada das gentes</em> chegue.Até porque é sobre isso que o filme trata.Bom vai aí uma palhinha:<br />
<br />
<em>Mia! I see them, Mia! I see them! Over there against the stormy sky. They are all there. The smith and Lisa, the knight, Raval, Jöns, and Skat. And the strict master Death bids them dance. He wants them to hold hands and to tread the dance in a long line. At the head goes the strict master with the scythe and hourglass. But the Fool brings up the rear with his lute. They move away from the dawn in a solemn dance away towards the dark lands while the rain cleanses their cheeks of the salt from their bitter tears.</em>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-73328716151275105222012-01-03T04:01:00.001-08:002012-01-03T04:01:34.691-08:00Melancolia<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O que dizer de Melancolia,último filme de Lars von Trier?Como sempre o polemista dinamarquês dividiu crítica e público.De minha parte posso dizer que gostei,mas não amei;então eu diria que estou no grupo da exceção:os que não caíram nem cá nem lá da linha traçada por Von Trier.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">A película foi dividida em duas partes:Justine e Claire.Na parte Justine,conhecemos os personagens,incluindo as irmãs que emprestam seus nomes às divisões do filme.Justine(Kirsten Dunst) sofre de depressão,isso é exposto através do ótimo trabalho da atriz,através de olhares,expressões,tudo com grande habilidade.Há também cenas mais diretas em que isso é reiterado.No entanto o ritmo da primeira parte <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“arrastado”.Nada contra “arrastado”,desde que isso sirva para alguma coisa,criar uma atmosfera,etc.Mas,falando francamente,eu não consegui perceber um objetivo para esse andamento nesta parte.Todavia,gostei do “tom seco” através do qual a depressão de Justine é apresentada,isso é coerente com o filme como um todo e coerente com as idéias apresentadas pela filmografia de Lars von Trier.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O dinamarquês quer transmitir a visão de que Justine apenas tem a depressão,não tem um grande motivo,não existe uma Divindade Má que a infligiu a doença,e ela não é boa ou digna de pena devido a isso.Esta visão se completa com a segunda parte:Claire(Charlotte Gainsbourg).O diretor irá desconstruir a imagem sensata,prestativa da irmã de Justine(construída na primeira parte),irá promover mais uma vez um ataque a “sacralização” da ciência,como tinha feito em O Anticristo.E <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>irá sacudir as regras do jogo com a apresentação do Planeta Melancolia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">E é aí a grande força do filme.A segunda parte.Justine tem a depressão,porque tem,porque o acaso é terrível.Mas Claire com a aparição do Planeta Melancolia,começa a pressentir o pior,começa a ficar perturbada,sua sanidade vai se desvaindo e então será a sua vez de sentir a crueldade do acaso.John(Kiefer Sutherland),signo da ciência,cometerá um erro terrível, e ao ridicularizar ele,Lars von Trier ridiculariza o cientificismo.<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Estamos sós</i> ,diz Justine.Ela,a depressiva,por ser depressiva,acaba entendendo melhor a crueldade do Universo,e portanto lida melhor com o evento final.Bem,o medo da morte,a destruição da esperança de uma pessoa comum(Claire) foi muito bem <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desenvolvido.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ou seja,na minha interpretação dessa obra, ela passa uma mensagem claramente niilista e aí está o grande problema,para além de questões técnicas/estéticas do filme.Não no niilismo em si(aliás eu tendo a preferir filmes mais pessimistas),o problema é que conhecendo o espírito um tanto marqueteiro e polêmico de Lars von Trier,fica difícil acreditar na sinceridade desse niilismo.Acaba,por vezes parecendo pessimismo de boutique,pessimismo para se ganhar prêmios ou valor artístico.Além do que,a discussão sobre solidão humana no Universo,sentido da existência,como nos relacionamos com a morte,Terrence Malick,faz com muito mais força, liberdade e sinceridade,em seu A Árvore da Vida,para comparar com um filme desse ano.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Em resumo,um bom filme,mas longe de ser grande. </span></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-52716831679538474462011-09-05T08:46:00.000-07:002011-09-05T08:46:17.889-07:00Requiem for a Dream<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Requiem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>for a Dream não é obra-prima,mas não é ruim.A qualidade mais evidente é a atuação,todos estão bem,e Ellen Burstyn,fantástica.O texto,não tem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>força por si só,mas é realista e “comum”,porque a priori estão sendo retratadas pessoas comuns.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">No seu segundo filme, já se percebe o talento de Aronofsky ,ele é um ótimo manipulador(não vejo problemas nisso desde que funcione,é claro),consegue criar incômodo,alguns planos interessantes e propositalmente toscos, e algumas cenas impressionantes.A trilha sonora é espetacular e há alguns momentos de brilhantismo no uso do som e música.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No entanto,qual é a mensagem do filme?Usar drogas faz mal?Se a proposta do filme foi<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>essa,o fime é deficiente,porque a discussão é bem mais profunda e não há desenvolvimento dos personagens.Algumas questões seriam bem mais interessantes e poderiam ser inseridas: usuários de drogas que não se ferram apesar de serem minoria minúscula,a dicotomia glamour-decadência no uso das drogas nas artes(em que Aronofsky e seus atores estão inseridos),motivações para se usar drogas,angústia incessante,etc.Essas questões não precisavam ser discutidas ou levantadas se a proposta do filme fosse por exemplo passar uma mensagem claramente niilista do tipo: a vida é uma m.. mesmo,não tem sentido,então vamos mostrar o sofrimento alheio para causar sensações,incômodo,mal-estar,enfim o vazio.Aí o filme seria genial,de uma coerência extrema,poderia-se criticar a motivação,mas nunca a coerência proposta-execução.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Essa falta de clareza na proposta,portanto foi o grande defeito da película.As cenas acabam ficando “jogadas”,dispersas.Não há uma unidade.É um bom filme,mas existem filmes muito melhores sobre o assunto e definitivamente não achei<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a obra-prima sobre drogas que alardearam. </span></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-40598221439617635602011-08-04T21:09:00.000-07:002011-08-04T21:09:13.550-07:00O Ciclo do PavorRealmente Mario Bava prioriza a imagem e a coisa sensorial em relação a outros aspectos do filme.Isso implica que a história é bem simplezinha se for feita uma análise fria.<br />
<br />
Mas o senso estético apuradíssimo de Bava cria uma atmosfera que eu diria que 99% dos diretores de suspense atuais não conseguem.Shyalaman parece criancinha perto dele(e olha que eu gosto muito do indiano).Tem que se notar o impressionante jogo de luz e sombra que o italiano faz trazendo gradativamente o filme do real para o onírico.Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-28548479596621084462011-08-03T21:12:00.000-07:002011-08-03T21:12:40.141-07:00Stalker<span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"> <div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">1)A religião,ciência e a arte são três visões de mundo,a primeira e a terceira algumas vezes convergem,a segunda<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>terceira dificilmente,a primeira e a segunda quase nunca.Uma viagem com as três interagindo,é portanto uma viagem metafísica.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">2)O ritmo é extremamente lento,como deve ser o ritmo da reflexão de grandes questões,dando tempo de incuti-las,fazendo com <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que estas se substancializem a partir das imagens.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">3)Nietzsche introduziu o conceito de apolíneo e dionísico.Não há dúvidas de que o apolíneo é de suma importância para a humanidade,seja como força disciplinadora da violência dionísica,seja porque a razão é elegância por excelência.O dionísico,é violência criadora,é caos apaixonante.Tarkovsky<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>falando através do Escritor,parece preferir o Dionísico.Mas ambas as visões podem ser esgotadas, podem ser abaladas resultando num grande vazio,pois a armadura da racionalidade pode revelar grandes fissuras e viver pelas emoções é viver perigosamente.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">4)Poucos filmes captaram beleza em grau tão profundo,beleza sem concessões,mesmo na feiúra.É uma beleza de doer os olhos.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">5)O místico também tem problemas e sofre tanto quanto os outros,quanto maior a crença,maior a dúvida.Mas a grande ironia é que o ininteligível muitas vezes está debaixo dos nossos narizes,até porque se assim não o fosse,não seria ininteligível.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">6)Para resumir talvez quem foi Andrei Tarkovsky ou mesmo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Stalker</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cito seu epitáfio: </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Para o homem que viu o Anjo </i></div></span>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-34186334585101409462011-07-28T23:51:00.000-07:002011-07-29T00:05:48.524-07:00TRUE GRIT<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Freeze this moment a little bit longer,make each sensation a little bit stronger.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Não assisti a versão original.Não sei também se faz sentido dizer ”versão original”,pois os irmão Coen garantem não ter se inspirado na versão de 69<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e sim,terem feito sua própria versão do romance de Portis.O que posso dizer é que esse é um dos filmes que fica um algo a mais depois que se termina de ver.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Bom,Jeff Bridges mais uma vez estava fabuloso.Cogburn,em meio a barba,grunhidos ,pólvora e whisky é um cara nobre.Durão,como tem que ser no velho-oeste,mas nobre.La Bouf(Matt Damon) também é herói western típico.Mas Mattie Ross(boa interpretação da garota Hailee Steinfeld) é o grande símbolo da determinação,ela simboliza o título original. Aliás o filme tem essa aura romântica dos western de outrora.Tem dureza,mas tem também cavalheirismo,mesmo entre os homens mais ruins.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Foi observado por alguns críticos como esse filme completa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">No country for old men </b>como antípoda,já que neste a violência não permite mais nobreza nem honra.São tempos sombrios em que a violência é apenas estado bruto,caótico,aleatório.Embora o demoníaco Anton Chigurh(interpretação genial de Javier Bardem) possa ser considerado como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um cara que tem a sua honra,por mais anti-instintiva que essa visão possa parecer.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Mas o algo a mais que fica pra mim é mesmo o sentimento que se traduz na citação que abre esse texto,do bom e velho Rush.Ora,que sensações deveriam ter os personagens durante a sua aventura?Que sensações deveria ter Mattie ,escondidas em sua alma-fortaleza?Provavelmente raiva,ódio.La Boeuf e Cogburn não tiveram muito tempo para pensar em “sentimentos” ou demonstra-los(ainda bem),mas certamente tiveram raiva,incertezas.Apesar destas emoções serem aparentemente ruins,o que acontece quando o tempo passa?Bom,isso é respondido na belíssima sequência final.Tudo vira saudade.A aventura deu certo,não?Então até mesmo das dores daquela época tem-se saudade.É isso tudo que a madura Mattie quer rever junto com Cogburn.Mas Cogburn já se foi,aquilo tudo já se foi.O tempo passa e ele é implacável.</div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-10494626753388377322011-04-19T16:31:00.001-07:002011-04-19T16:36:30.284-07:00O Rei Colin Firth<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Finalmente assisti ao Discurso do Rei.Bem,não é o melhor filme do ano.Grande coisa.Faz milênios que eu discordo do vencedor do Oscar de melhor filme.Também não sou aquele cara chato que despreza o Oscar e só elogia o cinema europeu(não-inglês),iraniano,etc.Enfim,não é sequer o melhor filme entre os indicados ao Oscar de Melhor filme que assisti.Mas não é ruim.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O enredo é aquela coisa almofadinha da Coroa Inglesa.O rei está prestes a morrer,o filho mais velho fica só na gandaia,há um risco do filho mais novo herdar o trono.Mas o problema é que ele é gago,então surge aí a tensão que move o filme,a luta pela superação da gagueira.Se o espectador analisar bem,o roteiro é de uma quadradice sem tamanho.O negócio é cartesiano mesmo.Porém nem toda quadradice é chata ou ruim e nem toda vanguarda é boa;e o Discurso do rei é um filme bom.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">É bom,porque o personagens principais são carismáticos.Tanto o heterodoxo terapeuta (Geoffrey Rush) como o Rei(Colin Firth).Na verdade,os dois atores são monstros e são eles o responsáveis pelo filme decolar.Criam profundidade num roteiro bom,porém raso.O Oscar de melhor ator para Firth foi merecidíssimo .Mas melhor filme, roteiro,e principalmente direção,não.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Primeiro porque Hooper ainda não tem consistência para ganhar um prêmio que gente muito maior do que ele não levou.Segundo ele não assumiu nenhum risco,deixando seus atores de primeira grandeza brilharem.Ele tenta em uma cena ou outra mostrar personalidade,como por exemplo com uma ou outra posição não-usual de câmera,mas o resultado disso é apenas estranho.Dos americanos,direção no sentido mais clássico,David Fincher;no sentido mais polêmico,Darren Aronofsky.Em resumo,um bom filme com um bom roteiro,bom diretor,atores geniais;mas que não merecia o Oscar de Melhor Filme,de roteiro,muito menos de Direção.</span></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-55867421664146084072011-03-04T20:59:00.000-08:002011-03-04T21:34:27.877-08:00A REDE SOCIAL<span style="font-family: Verdana; font-size: large;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Até agora os dois melhores filmes entre os indicados ao Oscar desse ano <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que assisti ,foram Black Swan e Toy Story 3,um pouco abaixo A Rede Social(The Social Network).Este foi dirigido por David Fincher,que é um dos melhores diretores do mundo e pode-se dizer,faz parte de uma elite.Fincher que já exibiu seus traços estilísticos com mais intensidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em O Clube da Luta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e Seven(para mim continua sendo o melhor do diretor),nesse foi sóbrio,preciso,quase matemático.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Cinema é evidentemente subjetivo,mas existem algumas “objetividades” e embora <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incomodado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com a frieza<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de A Rede social,não posso dizer que Fincher errou a mão,essa frieza é intencional e consciente , ele a usa para se retratar uma geração,muito embora ao contrário que Fincher talvez pense,existem valores ou melhor vícios ali retratados que são universais.E essa geração é a geração de Mark Zuckerberg,criador do Facebook,é a geração atual ,é a minha geração.Ora, irei postar esse texto em um blog,na internet,um texto provavelmente inexpressivo,mas facilmente exposto ao mundo,através da internet,e o filme é de certa forma sobre internet. Muitos reclamam que a internet esfria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as relações pessoais,muitos contra-argumentam listando pontos positivos(que são de fato muitos),e a visão do realizador do filme e do roteiro de Aaron Sorkins e Ben Mezrich é mostrar a importância da internet mas mostrar também <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como ela pode intensificar os vícios humanos e de certa forma as vezes deixar a vida robótica.Principalmente pela forma que constrói<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mark Zuckerberg.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Não dá para saber se Mark é daquele jeito,afinal o roteiro do filme é inspirado no livro The Accidental<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Billionaires de Mezrich,mas o Zuckerberg que se vê na tela é um cara frio,robótico,tão robótico que nas cenas em que ele está programando,parece quase <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma simbiose entre computador e homem.O pouco de humanidade retratada no início e meio do filme não é uma humanidade no sentido considerado positivo.É mostrado sentimentos de ganância,vontade de poder,talvez também um certo sentimento de revanchismo nerd,e principalmente arrogância.Nesse sentido Jesse Eisenberg<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>faz uma grande interpretação transmitindo com precisão o que se pretendia com o personagem;seus tiques,sua fala e raciocínio rápido,e principalmente seu olhar vazio são perfeitamente empregados para compor o criador do facebook.Eduardo Saverin (Andrew Garfield) no fim das contas é mostrado como um cara legal,único amigo de Mark,que leva uma bela de uma puxada de tapete e Sean Parker(Justin Timberlake),criador do Napster ,é mostrado como uma cara cheio de lábia,trapaceiro e aproveitador.Os irmãos Winklevoss(Armie Hammer) parecem ser injustiçados por Mark,mas o roteiro não dá essa certeza e nem é possível simpatizar com eles.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">A cena final retrata um sentimento mais apreciável no personagem principal,quando ele parece arrependido do que tinha feito a sua ex-namorada,e consciente de que apesar do sucesso e dinheiro a tinha perdido para sempre,aí o filme acaba e sobe a música <strong>Baby You´re a Rich Man</strong> e o início de empatia com o personagem morre. Foi uma grande injustiça Fincher não ter levado o Oscar de Direção pelo menos.Se analisarmos intenção versus resultado,Fincher foi perfeito,Aronofsky é um tanto polêmico, e Hooper,bem Hooper nem tem história ainda no cinema e deram o Oscar a ele.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">E para fechar o meu texto,volto ao primeiro parágrafo e explico porque acho Black Swan e Toy Story melhores.Darren Aronofsky imprime seu estilo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e embora o a estética de Black Swan não seja<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nova para quem curte um cinema mais alternativo,a soma dessa estética mais o estilo de Aronofsky cria um filme mais polêmico e corajoso.Aronofsky assume o risco e quem não gostou,não apenas desgostou,mas odiou e considerou até a personagem principal inócua.Mas quem gostou,não apenas gostou,mas amou,ficou hipnotizado,siderado e não irá esquecer tão cedo de BS e de Nina(e no fim das contas mais gente amou do que odiou).Toy Story 3 é extremamente convencional,mas incrivelmente poderoso.Esse filme é genial e nos lembra que as vezes é mais difícil fazer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>algo “simples” e marcante do que algo complexo.E é impressionante como TS3 fala com quase todos os tipos de público.Já em A Rede Social, a mesma sucintez e frieza que o fazem tão bom impedem de alçar vôos maiores e parte mais desavisada do público pode até achar que trata-se apenas de uma cinebiografia,sendo que o filme é muito mais do isso.Em suma,Black Swan e Toy Story para mim são obras-primas,A rede Social é “apenas” muito bom.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-81194670958419374892011-02-28T19:00:00.000-08:002011-02-28T19:01:02.553-08:00The last airbenderEste será curtíssimo devido ao maravilhoso recomeço (sarcasm mode on) na minha faculdade X:<br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">"Fraco,atuações muito ruins e pela primeira vez não se pode perceber a personalidade de Shyalaman.Acho q o indiano finalmente chegou ao fundo do poço.Espero que se recupere!!!"</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Pronto!</span></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-30808538190015227682011-02-13T15:49:00.001-08:002011-02-13T15:50:55.522-08:00KILL BILL vol1<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Quentin Tarantino é um dos maiores diretores da atualidade.Há quem odeie a sua irreverência,mas não tem como negar a sua genialidade.Com certeza é o diretor americano que melhor combina cultura pop com insanidade,referências ao Cult como referência ao trash.Muitos consideram Pulp Fiction e Bastardos Inglórios seus melhores filmes(eu acho que Bastardos é top-5 fácil na década 2000-2010).Mas o que eu considero o mais divertido de QT é Kill Bill,os dois volumes,sendo que o 1 é ainda mais divertido.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Bastardos Inglórios foi sucesso de crítica e público porque brinca com um tema<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teoricamente não brincável,a Segunda Guerra Mundial,mas também há homenagens ao antigo cinema,há a metalinguagem,muitos personagens tem nomes de diretores<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do passado.Já Kill Bill é também um mar de referências,só que de referências pop.Em Kill Bill não há um discurso,a brincadeira é bem menos pretensiosa porque não utiliza um tema sério para chocar.Kill Bill é pura forma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e é vazio.Sim,o filme é vazio.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">E porque KB é tão bom e tão melhor que zilhões de filmes de ação lançados pelo cinemão,sendo que é tão vazio quanto??Bom,porque a forma é muito,mas MUITO melhor.Tarantino usa essas referências pop para criar formas; novas cenas de ação de tirar o fôlego e/ou engraçadíssimas.A começar pela abertura do volume 1,bem violenta.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">A noiva(Uma Thurman) busca sua vingança,busca liquidar aqueles que lhe causaram mal,a trupe de Bill(David Carradine) e por fim o próprio Bill; mas o que importa não é o senso de equilíbrio,de balança,que a temática da vingança traz.O que importa é vê-la destroçando um a um,porque como já foi dito,as cenas são as mais insanas,as batalhas muito empolgantes,um prato cheio para quem gosta de filmes de artes marciais e filmes de Samurais.O que dizer da luta entre a Noiva e sádica Gogo Yubari(Chiaki Kuriyama)?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O Volume 1 começa a chegar ao ápice na sequência em que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A Noiva luta contra os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">The Crazy 88 </b>, guarda pessoal de O-Ren Ishii(Lucy Liu).Ali a katana Hattori-Hanzo parece insaciável em sua sede de sangue,capturando almas e corpos.Finalmente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o filme chega ao clímax propriamente com a luta contra O-Ren Ishii.O personagem O-Ren Ishii é muito interessante,Lucy Liu consegue nesse papel a sua melhor interpretação,e Tarantino traz um pouco do passado de O-Ren<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em uma sequência de anime inserida no filme.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">A luta entre A Noiva e O-Ren é algo genial,mistura a seriedade dos duelos dos samurais com a versão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Don´t <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>let me be misunderstood </b>do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Santa Esmeralda </b>de trilha sonora.E também tem uma pitada de humor –<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Essa é realmente uma katana Hattori Hanzo! –</i> Finalizando com mais uma referência ao que Tarantino assistia,a música de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lady Snowblood </b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">The</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Flower of Carnage.</b> O volume 2 não é tão impactante,Tarantino tem que fechar a sua história,dá um pouco mais de conteúdo,mas a saga continua sendo mais forma.Apesar de tudo o Volume 2 é muito bom também.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Pra quem gosta de discussão séria sobre violência e vingança,ou seja quem esperava conteúdo vai se decepcionar.Mas quem gosta de filmes de ação por pura diversão,Kill Bill volume 1(e um pouco menos o volume 2) é brilhante.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-62649795257202366752011-02-09T18:47:00.001-08:002011-02-10T08:17:56.262-08:00Cisne Negro<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O lago dos Cisnes é um balé dramático composto em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>4 atos pelo compositor russo Tchaikovsky,pertencente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>era<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Romântica.</span><span style="font-family: Calibri;">E é este balé dramático,que Darren Aronofsky,se baseia para contar sua história.Essa história na verdade serve de pano de fundo para ele fazer um estudo psicológico de sua personagem principal Nina(Natalie Portman) e ir além,tratando de relações familiares,repressão,sexo e porque não discutir os limites da Arte e do artista.Nina é bailarina em ascensão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da Companhia de Balé de Nova York,e tem a chance de sua vida quando Thomas Leroy(Vincent<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Cassel) decide fazer uma nova versão de O lago dos Cisnes,dispensando a antiga primeira bailarina(Wynona Ryder) e abrindo a vaga de Rainha dos Cisnes em aberto.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Entretanto a Rainha dos Cisnes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tem dois papéis: o cisne branco,a injustiçada princesa Odette transformada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em Cisne pelo malévolo mago Rothbart,princesa em cisne branco,etéreo,virginal,perfeito; e o Cisne Negro,a malvada feiticeira Odile transformada em irmã gêmea de Odette para trai-la,seduzir o seu<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>amado príncipe Siegfried.O amor verdadeiro seria a única forma de livrar a princesa da maldição de cisne.Thomas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sabe que Nina é perfeita para o papel,pois a mesma é frágil,etérea,virginal como o Cisne Branco!A dúvida será se ela conseguirá interpretar o Cisne Negro sensual e devasso,papel que a primeira vista parece perfeito para a bailarina Lily(Mila Kunis).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ora,essa é uma grande sacada de Aronofsky,Nina é o próprio Cisne Branco!Resignada dedica toda sua vida ao balé e aqui o diretor não idealiza o balé,todas as bailarinas são dedicadas.Sua<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>câmera passeia pelas bailarinas e revela os detalhes,os treinamentos exaustivos,a competitividade intensa...porém Nina é a mais dedicada.A câmera mostra seus pés destruídos,suas feridas,e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mostra o mais importante,a vida de Nina,seu mundo interno.Seu quarto cor de rosa,seus bichinhos de pelúcia,sua mãe...Nina é castrada psicologicamente,sua mãe tudo controla,Nina se infantilizou,deu tudo de si,desenvolveu perfeita técnica,para ser uma bailarina perfeita,graciosa,etérea e...reprimida!E nesse ponto o diretor traz a discussão sobre os limites da arte,do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>artista.O quanto deve ser feito para conseguir o que se quer,para conseguir a Arte em Excelencia,a Perfeição?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Nina,num primeiro momento,com toda sua abnegação,não poderá fazer bem seu papel de Cisne Negro.Ela sacrificou tudo em troca da técnica perfeita,mas é considerada frígida por suas colegas(muitos enxergam uma referência a Repulsa ao sexo de Roman Polanski).E isso é totalmente oposto ao que deve ser o Cisne Negro,pois este deve conter sensualidade,sedução.Nina fará de tudo para conseguir interpretar o Cisne Negro e o filme vai mostrando a desintegração psicológica,os delírios,a desintegração da realidade,a loucura da sua vontade de ser o Black Swan.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">E tudo isso regado a Tchaikovsky,com a câmera dançante de Darren Aronofsky,a fotografia precisa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e sombria,tudo isso se funde e transforma Cisne Negro em um próprio balé.É claro, a estrela principal do filme não é Nina é Natalie Portman .Que belo trabalho fez a atriz,um trabalho intenso,corajoso;em um primeiro momento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a fragilidade de Nina se encaixa perfeitamente com a fragilidade de Natalie,mas depois a atriz surpreende indo além,mostrando garra,mostrando força,indo além de seu gracioso recato de sempre.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">E depois do apoteótico ato final do filme,as dúvidas surgem,voltam as reflexões.A trajetória de Nina seguiu todo esse rumo porque?Porque no fundo ela queria libertação?Libertação de sua frigidez,de sua “caretice”?Desejo de vida??Desejo de libertação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da sua mãe castradora???Porque assim seu inconsciente queria????Ou porque o seu amor pela arte,pelo sucesso,pelo balé estava acima de qualquer coisa?Acima da vida “normal”,acima de amigos,de suas colegas bailarinas?Acima de sua mãe castradora,acima até mesmo do seu<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>medo de sexo??Acima até mesmo de sua própria vida???Seu inconsciente era na verdade amor puro pela arte???A frase final de Nina<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Eu fui perfeita!- carrega todas essas dúvidas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Porém,fica uma certeza :Darren Aronofsky dos ótimos Requiem para um sonho e O Lutador,realizou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma obra-prima!!</span></div>Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8610084989753917565.post-41977377844210112072011-01-13T19:32:00.000-08:002011-02-09T21:24:50.081-08:00Comecei um blogEste blog provavelmente vai ser uma porcaria,assim como seu autor...<br />
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Acho que vou falar no geral de cinema,um monte de m.... sobre cinema.<br />
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Bom,é isso.Falveshttp://www.blogger.com/profile/12435933037326865236noreply@blogger.com0